Autoria: Andreia Nunes Departamento de Recursos Humanos
“ O mundo do trabalho está a atravessar uma revolução e reinvenção sem precedentes, onde o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal se tornaram não só uma ambição mas também um desafio. As empresas devem ser um facilitador na busca deste equilíbrio, mantendo “sob olho” o bem estar individual mas também o social. A este nível, o papel das organizações tem, aos dias de hoje, a missão acrescida de garantir as relações interpessoais, o trabalho colaborativo, o sentimento de pertença e a aculturação dos seus colaboradores.”
Os últimos tempos conduziram-nos a “lugares estranhos”, inimagináveis, de profunda incerteza e insegurança. Empurraram-nos a uma mudança, tão drástica quanto repentina, obrigando-nos a (re)descobrir as mais variadíssimas formas de nos mantermos “a tona” no imprevisível.
Foram tempos difíceis, em que reposicionamos os valores da nossa vida, da saúde e da família mas foram também tempos de crescimento, evolução e de oportunidades. Tanto mudou desde então e em tão pouco tempo…
Do ponto de vista profissional encaramos, nos dias de hoje, uma nova forma de olhar o trabalho onde o termo flexível passou a tendência. Começámos também a trabalhar a partir de casa (abrindo oportunidade a uma maior conciliação vida pessoal-vida profissional) desburocratizámos reuniões, encurtámos distâncias subjugando-nos a um trabalho mais isolado, no qual o ruído de fundo passou a ser o dos nossos vizinhos.
Sem termos essa intenção, fomos insistindo em desmaterializar a humanização do contacto que substituímos por quadrados virtuais.
Mas quanto nos vai custar tudo isto no futuro? Que impacto terá este isolamento social em nós, seres humanos, sociais e relacionais por natureza? Será que haverá um “reverso da medalha” e podemos estar em risco de comprometer o nosso bem-estar psíquico e físico com todas estas revoluções, se não nos mantivermos atentos?
Na verdade, com conhecimento mais ou menos profundo sobre o tema não é difícil reconhecermos a importância das relações interpessoais para o equilíbrio do nosso estado emocional.
O mesmo não é exceção no mundo empresarial, onde o valor do contacto presencial é mais do reconhecido e onde os seus efeitos na aprendizagem, na aculturação, no sentido de pertença, na confiança, na colaboração e consequentemente na retenção dos nossos talentos são avassaladores.
Mesmo conscientes de que vivemos uma época fantástica, de verdadeiras revoluções e onde a aceleração digital marca presença, não podem ficar indiferentes a estes conceitos tão basilares na evolução da Gestão de Pessoas. Às empresas e aos líderes, cabe o desafio de impulsionar e promover medidas que visem mitigar o isolamento social e seus efeitos. E, enquanto embaixadores do relacionamento, devem assumir um papel ativo para que o lado presencial não se perca. Aquelas que conseguirem alcançar este equilíbrio, estarão um passo à frente e os ganhos serão de todos!
Na Wondercom, estávamos ansiosos por dar um passo em grande. Com esse sentimento presente, e passados quase dois anos em que nos vimos privados de encontros importantes como o eram o nosso jantar de Natal, decidimos com entusiasmo, anunciar que seria a hora de estarmos novamente juntos!
Uma noite como há muito não vivíamos! Onde o entusiasmo e a alegria, impossíveis de conter, contrastaram com uma noite de chuva, na qual só a sua dinâmica estava em sintonia. Onde o calor e o conforto do reencontro contraíram com o frio da noite. Onde o requinte do espaço, se esbarrou com a algazarra e a barafunda…Uma noite em que, o caos total e absoluto, foi apenas de extrema felicidade e pura saudade.
Uma noite onde a vontade acumulada de nos tocarmos, de nos beijarmos, de nos fotografarmos juntos, nos permitiu isso tudo.
Uma noite de brilhos, música, sorrisos e de lágrimas também, porém, e apenas de profunda alegria por estarmos juntos!
As pessoas precisam destes momentos, e as empresas também! Verdadeiros momentos, de partilha, de emoção, de troca de afetos e de felicidade. Momentos certamente tão impactes e empoderadores na vida das organizações.
